sábado, 31 de maio de 2008

Para ler uma pesquisa de opinião pública

Um tipo de CAR (computer assisted report) bem comum é a pesquisa de opinião pública. Elas são as mais comuns nas redações. Principalmente durante um ano eleitoral, elas figuram bastante nos noticiários.

Antes de começar a interpretar uma pesquisa, largue a preguiça de lado e não deixe de responder a 20 perguntas fundamentais para entender os resultados.  

Quem fez a pesquisa, quem pagou por ela e quantas pessoas foram entrevistadas é só o começo...

Dicas de CAR - Computer Assisted Report

A reportagem de precisão não é nova, mas poucos a conhecem no Brasil. Tem um livro disponível na página da Universidade da Carolina do Norte que trata deste assunto. É o "The New Precision Journalism". Sim, é possível ler todos os capítulos no site. O livro foi escrito por Philip Meyer entre 1969-70 e foi pioneiro no CAR (Computer Assisted Report).

A questão foi estudada por um gaúcho que trabalhou no Correio do Povo e atualmente está na Folha de São Paulo. No blog "E você com isso?", o jornalista Marcelo Soares fala sobre esta tendência e sobre outras questões relacionadas ao jornalismo em geral. 


quinta-feira, 15 de maio de 2008

The Lede

Este post é inspirado em uma palestra do Eduardo Veras e numa quebra de paradigma. O jornalista de Zero Hora falou sobre a primeira frase de uma notícia nesta semana e mostrou exemplos de notícias que começam bem escritas e envolvem o leitor.  O texto do Veras é um destes exemplos. E o mais curioso é que os exemplos que ele trouxe são de textos diferenciados, fora do tradicional "lead" - que eu aprendi na faculdade.

Engraçado que no New York Times tem um blog que se chama "The Lede, breaking news". Nele são postadas notícias de última hora que ainda não respondem aos Qs, mas que já tem um começo, uma primeira frase. Logo que entrei nele achei que o nome fosse uma questão de estilo do autor do blog. Mas que nada, lá pelas tantas diz assim "the opening sentences of a story are referred to as its "lede" -- spelled that way, journalism lore has it, to avoid confusion with the lead typesetting that once dominated newspaper printing presses"

A definição vem de encontro também com o nut graph, um conceito de texto em que o principal, ou seja, a resposta às perguntas básicas da notícia não estão no primeiro parágrafo, mas no segundo, terceiro ou quarto.

Quer dizer, os jornais impressos mudaram, o texto não precisa mais ser tão duro, o lead tradicional, tipo pirâmide invertida, é coisa do passado e eu preciso voltar a estudar.